segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Google responde às críticas sobre rotas de ônibus

Postado por Admin às 22.12.08

O gerente de produto do Google Maps no Brasil, Marcelo Quintella, enviou nesta segunda-feira as respostas às perguntas, feitas por e-mail, sobre os problemas das rotas de transporte público no Google Maps. Segundo ele, a origem dos erros está nos tempos dos ônibus informados pela SPTrans, sempre menores que os do metrô. É um argumento pertinente, mas que não isenta a empresa das falhas. Afinal, quem fornece um serviço deve se esforçar para entregá-lo com o máximo de perfeição – ainda que possa melhorá-lo mais adiante.

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que o metrô anda mais rápido que os ônibus. Uma boa bateria de testes antes do lançamento mostraria que alguma coisa não estava fazendo sentido. Do modo que está hoje, simplesmente não dá para confiar nas rotas de transporte do Google Maps. Garanto que 99% dos usuários não vão conseguir uma boa dica (que o digam os leitores que escreveram comentários no meu post anterior). Confira, a seguir, a entrevista:

Por que o Google Maps ignora a Linha 2 do metrô de São Paulo? Em todos os trechos que passam pela Av. Paulista, o serviço manda os usuários pegarem um ônibus.

Há um engano: o sistema contempla, sim, a Linha 2 do Metrô. Ocorre que os tempos estimados para os ônibus estão mais curtos, o que resulta na preferência do sistema para resultados de informações de ônibus. É algo que está sendo verificado para ter o máximo de precisão possível. Estamos trabalhando para resolver isso em duas frentes: a primeira é com a própria SPTrans, que é quem nos fornece as viagens e tempos estimados. A segunda é realizar uma pequena mudança na interface na qual sempre retornaremos ao usuário uma opção de viagem no "outro" meio de transporte. Isso significa que mostraremos todas as opções para o usuário -- em outras palavras, mesmo que seja verdade que o tempo estimado de ônibus seja melhor que o de metrô, ainda assim mostraremos a viagem de metrô.

Por que o serviço não faz integração entre as linhas de metrô? Se você tem de mudar de linha, ele sempre sugere que você desça e pegue um ônibus, em vez de fazer baldeação (que em 100% dos casos seria mais rápida).

O sistema faz, sim, baldeação entre linhas de metrô. Mas, novamente, devido ao tempo de viagens estimadas no ônibus estar muito baixo, o sistema dá preferência ao ônibus. Conforme respondemos na pergunta anterior, estamos trabalhando com a SPTrans para aperfeiçoar o serviço.

Por que, para o Google Maps, o metrô tem desempenho pior do que o ônibus? Nos horários de pico, as partidas dos trens do metrô levam menos de 5 minutos de intervalo.

Novamente, a estimativa de tempo de viagem da SPTrans precisa ser aprimorada. Eles estão trabalhando para aperfeiçoar as estimativas. Devemos ter novidades já no início de janeiro.

Por que o Google Maps não considera a tarifa integrada pelo bilhete único quando exibe o custo de um trajeto?

O sistema considera o bilhete único. Ainda precisamos resolver a tarifa do metrô (que também está como 2,30 ao invés de R$ 2,40, e que não considera os R$ 3,65 para ônibus/metrô), mas é um problema que está sendo solucionado.

Por que os trajetos da EMTU não se integram ao metrô?

Como foi dito durante a coletiva de imprensa no lançamento do Google Maps Transit, a EMTU está disponibilizando apenas os principais corredores dela, para os quais têm dados disponíveis online. Nem toda a malha da EMTU está no sistema. Por isso, para chegar ao metrô em alguns trajetos, o usuário precisaria passar antes por um ônibus da SPTrans. Conforme a EMTU comece a disponibilizar mais linhas, esse serviço será aprimorado.

Por que o serviço foi lançado com tantas falhas? Não seria melhor esperar?

O serviço não foi lançado com falhas, mas com um nível razoável de precisão. Além disso, esses problemas, apesar de muito relevantes, não afetam 100% dos usuários. De qualquer forma, como acontece com todos os produtos do Google já lançados até hoje, nós trabalhamos com o conceito de "beta perpétuo". Ele funciona para praticamente todos os nossos produtos, inclusive os mais amadurecidos, como Orkut, Gmail e YouTube. Isso significa que o produto nunca está pronto: ele está constantemente e ininterruptamente sendo aprimorado. É política conhecida do Google lançar produtos e receber comentários de usuários. Poderíamos ficar em testes internos por muito tempo sem nunca chegar a 100% de perfeição. A maneira de descobrir os problemas que mais afetam os usuários é simples: ouvindo deles próprios. O usuário é quem mais entende dos dados, mais do que a SPTrans ou o Google. Por isso aprimoramos nossos produtos por meio dos comentários dos usuários. Os bons e os ruins, como acontece sempre.

Fonte Inf Online

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