Talvez o principal desafio do Google hoje em dia seja convencer o mundo de que seu crescente poder não o prejudicará.
Essa análise é mais profunda do que a investigação do Departamento de Justiça dos EUA acerca da possível parceria do gigante das buscas com o Yahoo!.
Inúmeros obstáculos a este acordo estão relacionados a questões financeiras e ao receio de que a aliança provoque a alta dos preços de espaços de anúncio online.
O Google também desperta um outro tipo de preocupação, muito menos tangível: a privacidade dos internautas.
Cada vez mais, conforme a companhia se alastra pela vida cotidiana dos cidadãos por meio de serviços baseados na internet, surge a dúvida de até que ponto as informações pessoais dos usuários, coletadas pelo Google, estão seguras – e o que será feito delas.
Por que o Google armazena palavras-chave usadas em pesquisas por tanto tempo? Para que esse tipo de dado serve? Será que essas informações são combinadas com outras extraídas pelo Chrome, seu browser?
Dados colhidos por diversos serviços simplesmente “desaparecem em um buraco negro uma vez que chegam ao Googleplex (sede do Google)”, comentou Simon David, diretor da Privacy International, “é impossível rastrear esse conteúdo.”
Geralmente, essa desconfiança é julgada pelo Google – cujo slogan é “Não seja mal” - como ignorância.
Por exemplo, a companhia afirma que arquiva as palavras-chave das pesquisas feitas pelo seu mecanismo de busca online porque, dessa forma, consegue aprimorar o serviço.
Mas sejam as críticas e receios válidos ou não, certamente o Google enfrentará complexos desafios durante essa transição do mundo das startups bem-sucedidas para a esfera onde se localiza o coração dos negócios de tecnologia - assim como a fez a Microsoft, na década de 1990.
Fonte: Info Online
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